segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Deu no Correio Brasiliense durante o Festival de Brasília

Palco de Angeli
Aplaudido em cena aberta, o curta Angeli 24 horas garantiu cumplicidade da plateia logo nos primeiros depoimentos do cartunista, que aceita embarcar num autorretrato irreverente. “Ele topou o convite na hora. Mas nas primeiras conversas que tivemos, percebi que ele não se desgruda do personagem que criou de si mesmo. Ele é um ator. Decidi dar um palco para o Angeli”, contou a cineasta Beth Formaggini, que produziu longas como Peões e Edifício Master, de Eduardo Coutinho.

O esmerado trabalho de cenografia, inspirada nos traços do artista e assinada por Roberto Eiti, impressionou o entrevistado. “Ele suava em bicas.

Ficou impressionadíssimo com o cenário que construímos dentro de um estúdio”, relembrou Beth. Na tela, a cidade de São Paulo é quase tão importante quanto o trabalho do artista. “Foi natural. Ele é de São Paulo, dos punks, dos doidões, do bar.”

Critica do Estadão durante o Festival de Brasília - LUIZ ZANIN

http://blogs.estadao.com.br/luiz-zanin/diario-de-brasilia-curtas-angeli-24h-e-contagem/

Diário de Brasília 2010: curtas Angeli 24h
por Zanin
27.novembro.2010 10:19:42

Curtas. Angeli 24 Horas, de Beth Formaggini, conquistou o público de Brasília. Não apenas porque seu personagem é uma figuraça, o cartunista Angeli, mas porque o processo de construção do curta reproduz o frenético ritmo mental do artista. Angeli é visto no processo de feitura do seu cartum político diário para o jornal do dia seguinte. Nos intervalos, é entrevistado, evoca suas raízes (rapaz de classe média baixa, família de imigrantes italianos, garoto paulistano da Casa Verde) e seu processo de trabalho. É um intelectual punk e de alma proletária, esse criador de tipos como a Re Bordosa, os Scrotinhos e Bob Cuspe. Um tipo que “mata” suas criaturas quando essas passam a ser assimiladas pelo público. Esse furor rock”n”roll da mente de Angeli é captado na linguagem do filme, muito, muito bom de Beth Formaggini